segunda-feira, 26 de novembro de 2007

O FIM DO COMEÇO








O PONTO DE FUGA

Eu sei que é estranho, de imediato, pra quem ouve ou observa uma sala vazia, subterrânea, com uma parede no hall de entrada, e somente pequenas frestas de luz. SILÊNCIO! Mais este lugar, vive dentro de cada um, emaranhado ao caos do cotidiano. Um refúgio que, conscientemente ou inconscientemente, sempre buscamos. É o ápice de toda a nossa vertigem! O silêncio imposto ao adentrar a sala, nada mais é, do que aquele botãozinho "STOP!", mais que relutamos tanto em apertar. A válvula de escape. A FUGA! Que aliás, às vezes vai muito bem, obrigada! ;)

segunda-feira, 19 de novembro de 2007

"Existe no silêncio uma tão profunda sabedoria, que às vezes ele se transforma na mais perfeita das respostas."
(Fernando Pessoa)

domingo, 18 de novembro de 2007

sábado, 17 de novembro de 2007

TADAO ANDO
THE COLOURS OF LIGHT
RICHARD PARE


CHURCH OF THE LIGHT


Quando comecei a folhear o livro, tudo parecia-me sempre um pouco igual, apesar dos detalhes interessantes. Até analisar, de fato, a igreja da luz.
Tão simples, e nada além de betão e rasgões de luz!
Simplicidade e monumentalidade, imponentes. O recorte na parede em forma de cruz, possibilita a entrada de luz, iluminando todo o templo.
A luz é espessa e faz com que o ambiente nos eleve e cause uma sensação de espiritualidade, sem estar ligada diretamente a qualquer tipo de religião.
A medida que o sol muda de direção, os raios solares formam jogos de luz e sombras diferenciados, causando sempre uma nova percepção, e que torna esse espaço abstrato em algo vivo.
Acredito ser uma experiência fantástica e prazerosa.

segunda-feira, 12 de novembro de 2007

O PENSAMENTO!

O fora:
É pesado, é demais, não há paz/ cidade aberta; suas ruas, curvas e formas duras; nas calçadas, pontes, esquinas e marquises/ cada ponto uma disputa, injusta visão; tudo é cidade, é tudo igual.

O dentro:
As formas; o claro, a complicação, o exato/ Os gestos; o frágil, o resistente, o concreto/ Os pensamentos; o simples, o transitório, o eterno/ E o que é mentira e o que é verdade? O que é real ou mera miragem? O que é fake ou fato?

A conclusão:
Nada tem importância, não faz diferença; O sentimento é um estado de crença; O corpo e a razão, no fim, não valem como explicação.

O fora:
Eu nasci aqui/ Me criei aqui/ Eu só sei de mim

- As coisas são assim, mais não porque eu quis!

domingo, 11 de novembro de 2007

Uma sala fechada; abstinência de sons; reflexos; atos inesperados; desespero ou surpresa?

Olhar. Enxergar-se, por todos os lados, ângulos e modos diversos. Você gostaria, ou até mesmo, se reconheceria? Fechado; exilado em si. Ah, dar cambalhotas, pular, gritar, cantar, dançar; fazer caretas toscas... chega a ser bizarro, imaginar algo do tipo! Silêncio.




É estranho tentar criar algo, não só pra mim, mais pra muitos. Pensar nisso, faz com que eu me perca ainda mais do que já sou perdida. Perdida, no sentido confuso da palavra! Chega a ser engraçado... como é que você cria algo em que todo mundo goste? Mas, será mesmo que todos precisam gostar? E se todo mundo, só entrar e olhar? Ás vezes é preciso fugir, e se exilar. E eu gosto dessa idéia!

terça-feira, 6 de novembro de 2007


CALUDA

É sempre silêncio, mesmo quando tudo que quero é agito. É sempre o silêncio que me rodeia e me atrai.
Abstinência de sons, falas, responsabilidades, atos, imposições, pessoas?
Abstinência de mundo?
Abstinência... de mim!
A gente nunca para, a gente sempre corre, a gente sempre fala ou se cala, a gente quase nunca ou nunca canta, a gente sempre só ouve ou finge que escuta... e tudo se repete, e a gente acaba sempre vivendo toda essa repetição.
E ninguém nunca para pra pensar se é isso mesmo que quer, e se planeja continuar. E ninguém para pra pensar se quer parar... se é que dá pra parar!
Porque dá medo parar sozinho, e depois não conseguir se encaixar novamente no ritmo... porque esse ritmo não pode parar... se é que esse ritmo realmente existe!
E se for tudo silêncio, e essa barulhera toda que eu ouço, for só vertigem?

quarta-feira, 24 de outubro de 2007

COMO UMA ONDA NO MAR (II)

Não dá pra se deixar iludir pela aparente estabilidade das coisas. A natureza da vida é a impermanência, a temporalidade. Todas as coisas passam, mudam; o que estava no alto cai e o que estava embaixo ascende; o que está na direita se desloca para a esquerda e o que está na esquerda se descola para a direita; e se repete, e se repete, e se repete... Não dá pra se deixar levar pelas flutuações da existência. Não dá pra deixar que o humor flutue e fique a mercê dos acontecimentos. Manter-se firme em seu centro, observando as coisas com um maior distanciamento.

segunda-feira, 22 de outubro de 2007

COMO UMA ONDA NO MAR (I)

Hoje eu me sinto congelada! É, congelada. Com o mundo todo a girar a minha volta. Mas, a vida cotidiana é como um ciclo, e deste ciclo ninguém é capaz de ficar de fora observando. Porque todos participam dele, dia após dia. Hoje, por incrível que pareça, eu me sinto do lado de fora do ciclo, só observando. Talvez eu esteja analisando essa maluquice que chamamos de civilização. Então fico a pensar, será este o ciclo da vida? Mais não é estranho eu estar me sentindo fora dele? Eu tinha que estar lá dentro. Só que hoje, eu acordei estranha. E tô me sentindo congelada, com o mundo girando ao meu redor!

sexta-feira, 19 de outubro de 2007

CONTROVÉRSIAS

A cidade possui um caráter indispensavelmente transitivo, ao mesmo tempo tão evidente e tão enigmático.
Tudo está em processo de revisão e transformação.

O caráter transitório gera uma multiplicidade de sentidos.

Aglomeração, velocidade, consumismo, riqueza, abuso, violência, ruídos, intoxicação, medo, distração, miséria, cheio e vazio, sordidez, anonimato, ambigüidade... Ambigüidade entre o público e o privado.

Placas, sinais, direções, múltiplas informações, rápido movimento... VERTIGEM! Tudo gira, tudo muda de lugar. O olhar é desatento, imposto a uma visão racional. Não enxerga-se nada, a não ser aquilo que lhe é dado a ver.

Indizível?

quinta-feira, 11 de outubro de 2007

HABITAR, sem realmente conhecer?
Talvez, a resposta mais provável seja o sim!

O ser-humano não conhece a si próprio, que dirá o meio em que vive. E apesar de todos os avanços tecnológicos, também na medicina e entre tantos outros setores, todos estamos sujeitos ao desconhecimento.

A vida cotidiana, gera o desconhecimento.

Ignorantes? Eis a questão?

O desconhecimento nos leva ao prazer do conhecimento. Mas, muitos preferem continuar na ignorância do que admitir a si próprio, que na realidade, não conhecem nada!

Eu não conheço nada. Eu me desconheço!

E para conhecer tudo aquilo que me parece tão óbvio aos olhos, é preciso quebrar todos os dogmas que habitam em mim. E explorar o local onde habito e a forma como me relaciono a este meio, já é uma forma de auto-conhecimento.

E tentar desvendar os lugares e as relações, criadas pelos homens, é uma forma de passar a conhecê-los melhor.

Por que, não sei você, mas eu... tenho a impressão de que cada dia que passa, desconheço mais dessa raça estranha (a qual pertenço!) e o que eles constroem!


terça-feira, 9 de outubro de 2007


VERTIGEM;

s. f.,
estado mórbido, durante o qual se tem a sensação de falta de equilíbrio e em que todos os objectos parecem girar à nossa volta;
tontura;
estonteamento;
delíquio;
vágado;
desmaio;

fig.,
acto impetuoso e irreflectido;
tentação súbita;
desvario.

segunda-feira, 8 de outubro de 2007

Tem horas que a gente se pergunta:
- Porque é que não se junta tudo numa coisa só?