quarta-feira, 24 de outubro de 2007

COMO UMA ONDA NO MAR (II)

Não dá pra se deixar iludir pela aparente estabilidade das coisas. A natureza da vida é a impermanência, a temporalidade. Todas as coisas passam, mudam; o que estava no alto cai e o que estava embaixo ascende; o que está na direita se desloca para a esquerda e o que está na esquerda se descola para a direita; e se repete, e se repete, e se repete... Não dá pra se deixar levar pelas flutuações da existência. Não dá pra deixar que o humor flutue e fique a mercê dos acontecimentos. Manter-se firme em seu centro, observando as coisas com um maior distanciamento.

segunda-feira, 22 de outubro de 2007

COMO UMA ONDA NO MAR (I)

Hoje eu me sinto congelada! É, congelada. Com o mundo todo a girar a minha volta. Mas, a vida cotidiana é como um ciclo, e deste ciclo ninguém é capaz de ficar de fora observando. Porque todos participam dele, dia após dia. Hoje, por incrível que pareça, eu me sinto do lado de fora do ciclo, só observando. Talvez eu esteja analisando essa maluquice que chamamos de civilização. Então fico a pensar, será este o ciclo da vida? Mais não é estranho eu estar me sentindo fora dele? Eu tinha que estar lá dentro. Só que hoje, eu acordei estranha. E tô me sentindo congelada, com o mundo girando ao meu redor!

sexta-feira, 19 de outubro de 2007

CONTROVÉRSIAS

A cidade possui um caráter indispensavelmente transitivo, ao mesmo tempo tão evidente e tão enigmático.
Tudo está em processo de revisão e transformação.

O caráter transitório gera uma multiplicidade de sentidos.

Aglomeração, velocidade, consumismo, riqueza, abuso, violência, ruídos, intoxicação, medo, distração, miséria, cheio e vazio, sordidez, anonimato, ambigüidade... Ambigüidade entre o público e o privado.

Placas, sinais, direções, múltiplas informações, rápido movimento... VERTIGEM! Tudo gira, tudo muda de lugar. O olhar é desatento, imposto a uma visão racional. Não enxerga-se nada, a não ser aquilo que lhe é dado a ver.

Indizível?

quinta-feira, 11 de outubro de 2007

HABITAR, sem realmente conhecer?
Talvez, a resposta mais provável seja o sim!

O ser-humano não conhece a si próprio, que dirá o meio em que vive. E apesar de todos os avanços tecnológicos, também na medicina e entre tantos outros setores, todos estamos sujeitos ao desconhecimento.

A vida cotidiana, gera o desconhecimento.

Ignorantes? Eis a questão?

O desconhecimento nos leva ao prazer do conhecimento. Mas, muitos preferem continuar na ignorância do que admitir a si próprio, que na realidade, não conhecem nada!

Eu não conheço nada. Eu me desconheço!

E para conhecer tudo aquilo que me parece tão óbvio aos olhos, é preciso quebrar todos os dogmas que habitam em mim. E explorar o local onde habito e a forma como me relaciono a este meio, já é uma forma de auto-conhecimento.

E tentar desvendar os lugares e as relações, criadas pelos homens, é uma forma de passar a conhecê-los melhor.

Por que, não sei você, mas eu... tenho a impressão de que cada dia que passa, desconheço mais dessa raça estranha (a qual pertenço!) e o que eles constroem!


terça-feira, 9 de outubro de 2007


VERTIGEM;

s. f.,
estado mórbido, durante o qual se tem a sensação de falta de equilíbrio e em que todos os objectos parecem girar à nossa volta;
tontura;
estonteamento;
delíquio;
vágado;
desmaio;

fig.,
acto impetuoso e irreflectido;
tentação súbita;
desvario.

segunda-feira, 8 de outubro de 2007

Tem horas que a gente se pergunta:
- Porque é que não se junta tudo numa coisa só?