terça-feira, 6 de novembro de 2007

CALUDA

É sempre silêncio, mesmo quando tudo que quero é agito. É sempre o silêncio que me rodeia e me atrai.
Abstinência de sons, falas, responsabilidades, atos, imposições, pessoas?
Abstinência de mundo?
Abstinência... de mim!
A gente nunca para, a gente sempre corre, a gente sempre fala ou se cala, a gente quase nunca ou nunca canta, a gente sempre só ouve ou finge que escuta... e tudo se repete, e a gente acaba sempre vivendo toda essa repetição.
E ninguém nunca para pra pensar se é isso mesmo que quer, e se planeja continuar. E ninguém para pra pensar se quer parar... se é que dá pra parar!
Porque dá medo parar sozinho, e depois não conseguir se encaixar novamente no ritmo... porque esse ritmo não pode parar... se é que esse ritmo realmente existe!
E se for tudo silêncio, e essa barulhera toda que eu ouço, for só vertigem?

Nenhum comentário: